Aqui postarei as matérias de maior importância para o vestibular.

Geração Vestibular

Para verem todos os tópicos sobre cada matéria, clique no marcador, que fica no fim da postagem.

Obrigado, espero que ajude vocês.

domingo, 31 de janeiro de 2010

Questões de filosofia da UFRJ

1ª QUESTÃO:

Em seu diálogo A República, Platão descreve na célebre Alegoria da Caverna a situação de homens aprisionados desde a infância no fundo de uma caverna e de tal forma que só podem olhar para uma parede em frente sobre a qual se projetam as sombras de bonecos colocados atrás destes homens. Um destes homens se liberta, sai da caverna e aos poucos se acostuma com a luminosidade externa, começa a distinguir as coisas e por fim descobre o Sol como a fonte da luz. Ele se dá conta, então, da ilusão representada pelas sombras que ele e os outros tomavam como realidade. Exultante com sua descoberta, ele retorna à caverna para relatar sua experiência, que é assim narrada por Sócrates:

“Suponha que esse homem volte à caverna e retome o seu antigo lugar. Desta vez, não seria pelas trevas que ele teria os olhos ofuscados, ao vir diretamente do Sol? E se ele tivesse que emitir de novo um juízo sobre as sombras e entrar em competição com os prisioneiros que continuaram acorrentados, enquanto sua vista ainda está confusa, seus olhos ainda não se recompuseram, enquanto lhe deram um tempo curto demais para acostumar-se com a escuridão, ele não ficaria ridículo? Os prisioneiros não diriam que, depois de ter ido até o alto, voltou com a vista perdida, que não vale mesmo a pena subir até lá? E se alguém tentasse retirar os seus laços, fazê-los subir, você acredita que, se pudessem agarrá-lo e executá-lo, não o matariam?”.

Platão parece estar descrevendo a situação do “filósofo” quando este pretende esclarecer os demais seres humanos sobre o que ele pensa ser a verdade.

A partir desta narrativa de Platão, discorra sobre qual o papel do “filósofo” no mundo contemporâneo.

GABARITO: Na alegoria da caverna, as idéias principais estão nas oposições: “mundo sensível” – “mundo inteligível”, “opinião” – “ciência”, “aparência” – “realidade” e outras análogas. O “filósofo” é representado por alguém que se liberta das “aparências” e tenta explicar a “realidade” para os outros, mas é hostilizado e ameaçado. O candidato poderá então discorrer sobre a condição ontemporânea do “filósofo” ou do “sábio” e de seus conflitos com os outros seres humanos.

2a QUESTÃO:

Na célebre pintura A Escola de Atenas, o artista renascentista italiano Rafael reuniu os principais nomes da filosofia grega, tendo ao centro do quadro as figuras de Platão e de Aristóteles. Na pintura, Platão aponta com sua mão para o alto e Aristóteles aponta para baixo. Deste modo, com estes gestos, Rafael estava ilustrando a distinção entre a filosofia de Platão e a filosofia de Aristóteles. Indique e discorra sobre a principal diferença entre a filosofia de Platão e a de Aristóteles.

Imagem da questão

GABARITO: Na pintura de Rafael, o gesto de Platão aponta para o “mundo ideal” e o de Aristóteles para o “mundo real”. A interpretação de Rafael é evidentemente esquemática. O candidato poderá expor suas próprias concepções sobre as diferenças entre Platão e Aristóteles.

3a QUESTÃO:

A Filosofia Medieval buscou a síntese entre a razão grega (a filosofia) e a religião cristã (a fé). Por isto, seu tema central foi a relação entre razão e fé. De acordo com Étienne Gilson, historiador da Filosofia Medieval, “Uma dupla condição domina o desenvolvimento da filosofia tomista: a distinção entre razão e fé, e a necessidade de sua concordância. Todo o domínio da filosofia pertence exclusivamente à razão; isso significa que a filosofia deve admitir apenas o que é acessível à luz natural e demonstrável apenas por seus recursos. A teologia baseia-se, ao contrário, na revelação, isto é, afinal de contas, na autoridade de Deus. Os artigos de fé são conhecimentos de origem sobrenatural, contidos em fórmulas cujo sentido não nos é inteiramente penetrável, mas que devemos aceitar como tais, muito embora não possamos compreendê-las. Portanto, um filósofo sempre argumenta procurando na razão os princípios de sua argumentação; um teólogo sempre argumenta buscando seus princípios primeiros na revelação”.

A partir da perspectiva apresentada discorra sobre a Filosofia Medieval.

GABARITO: A partir da polaridade “razão – fé” o candidato poderá discorrer sobre as relações entre “filosofia” e “teologia”, “razão” e “revelação” ou “natural” e “sobrenatural”, como idéias importantes no pensamento europeu medieval.

4a QUESTÃO

Descartes tinha plena consciência do seu papel inovador na filosofia e na ciência. No Discurso sobre o Método ele diz: “Percebi que era necessário, no curso de minha vida, destruir tudo integralmente e começar de novo, dos fundamentos, se era meu desejo estabelecer nas ciências qualquer coisa de permanente e com chances de durar”. Ele considerava que o coroamento da reconstrução da filosofia seria o mais perfeito e definitivo sistema moral. Mas, até que alcançasse o conhecimento completo de todas as ciências, era preciso contentar-se com o que ele denominou de “moral provisória”, que lhe permitisse ao menos se guiar em suas ações da vida quotidiana. A terceira regra desta “moral provisória” é:

“procurar sempre antes vencer a mim próprio do que à fortuna [ou destino], e de antes modificar os meus desejos do que a ordem do mundo; e, em geral, a de acostumar-me a crer que nada há que esteja inteiramente em nosso poder, exceto os nossos pensamentos, de sorte que, depois de termos feito o melhor possível no tocante às coisas que nos são exteriores, tudo em que deixamos de nos sair bem é, em relação a nós, absolutamente impossível. E só isso me parecia suficiente para impedir-me, no futuro, de desejar algo que eu não pudesse adquirir, e, assim, para me tornar contente”.

Comente esta concepção e discorra sobre seu significado no mundo contemporâneo.

GABARITO: O candidato poderá discorrer sobre o contraste entre uma “moral definitiva” e uma “moral provisória” e tentar abordar o provisório como uma das características da cultura contemporânea. Poderia, ainda, discorrer sobre a dupla alternativa ética de “mudar o mundo” ou “mudar a si próprio”.

5a QUESTÃO

O filósofo alemão Immanuel Kant, no século 18, assim define o “Esclarecimento” ou “Iluminismo”:

“O Esclarecimento é a saída do homem de sua menoridade pela qual ele mesmo é responsável. A menoridade é a incapacidade de fazer uso de seu próprio entendimento sem a imposição de outrem. O próprio homem é responsável por sua menoridade quando a causa desta não for a falta de entendimento, mas a falta de decisão e coragem de conduzir-se sem a imposição de outrem. Tenha coragem para usar o seu próprio entendimento! Eis o lema do Esclarecimento”.

(Immanuel Kant, “Resposta à Pergunta: Que é ‘Esclarecimento’ ?”)

Com base no texto de Kant, comente a importância na vida de cada um de nós de “ter coragem para usar o seu próprio entendimento”.

GABARITO: Aproveitando a sugestão do texto de Kant, o candidato poderá discorrer sobre os desafios do “amadurecimento” do ser humano e sobre a coragem necessária para se pautar pelo próprio entendimento ou razão e deixar de obedecer cegamente às imposições de outrem.

sábado, 30 de janeiro de 2010

Revolução Russa - 1917

Introdução

No começo do século XX, a Rússia era um país de economia atrasada e dependente da agricultura, pois 80% de sua economia estava concentrada no campo (produção de gêneros agrícolas).

Rússia Czarista

Os trabalhadores rurais viviam em extrema miséria e pobreza, pagando altos impostos para manter a base do sistema czarista de Nicolau II. O czar governava a Russia de forma absolutista, ou seja, concentrava poderes em suas mãos não abrindo espaço para a democracia.Mesmo os trabalhadores urbanos, que desfrutavam os poucos empregos da fraca indústria russa, viviam descontentes com os governo do czar.

No ano de 1905, Nicolau II mostra a cara violenta e repressiva de seu governo. No conhecido Domingo Sangrento, manda seu exército fuzilar milhares de manifestantes. Marinheiros do encouraçado Potenkim também foram reprimidos pelo czar.

Começava então a formação dos sovietes (organização de trabalhadores russos) sob a liderança de Lênin. Os bolcheviques começavam a preparar a revoluição socialista na Rússia e a queda da monarquia.

A Rússia na Primeira Guerra Mundial

Faltava alimentos na Rússia czarista, empregos para os trabalhadores, salários dignos e democracia. Mesmo assim, Nicolau II jogou a Rússia numa guerra mundial. Os gastos com a guerra e os prejuízos fizeram aumentar ainda mais a insatisfação popular com o czar.

Greves, manifestações e a queda da monarquia

As greves de trabalhadores urbanos e rurais espalham-se pelo território russo. Ocorriam muitas vezes motins dentro do próprio exército russo. As manifestações populares pediam democracia, mais empregos, melhores salários e o fim da monarquia czarista. Em 1917, o governo de Nicolau II foi retirado do poder e assumiria Kerenski (menchevique) como governo provisório.

A Revolução Russa de outubro de 1917

Com Kerenski no poder pouca coisa havia mudado na Rússia. Os bolcheviques, liderados por Lênin, organizaram uma nova revolução que ocorreu em outubro de 1917. Prometendo paz, terra, pão, liberdade e trabalho, Lênin assumiu o governo da Rússia e implantou o socialismo. As terras foram redistribuídas para os trabalhadores do campo, os bancos foram nacionalizados e as fábricas passaram para as mãos dos trabalhadores.

Lênin também retirou seu país da Primeira Guerra Mundial no ano de 1918. Foi instalado o partido único: o PC (Partido Comunista).

A formação da URSS

Após a revolução, foi implantada a URSS ( União das Repúblicas Socialistas Soviéticas). Seguiu-se um período de grande crescimento econômico, principalmente após a NEP ( Nova Política Econômica ). A URSS tornou-se uma grande potência econômica e militar. Mais tarde rivalizaria com os Estados Unidos na chamada Guerra Fria. Porém, após a revolução a situação da população geral e dos trabalhadores pouco mudou no que diz respeito à democracia. O Partido Comunista reprimia qualquer manifestação considerada contrária aos princípios socialistas. A falta de democracia imperava na URSS.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Guerra da Coreia / Guerra do Vietnã

Guerra da Coréia : Entre os anos de 1951 e 1953 a Coréia foi palco de um conflito armado de grandes proporções. Após a Revolução Maoista ocorrida na China, a Coréia sofre pressões para adotar o sistema socialista em todo seu território. A região sul da Coréia resiste e, com o apoio militar dos Estados Unidos, defende seus interesses. A guerra dura dois anos e termina, em 1953, com a divisão da Coréia no paralelo 38. A Coréia do Norte ficou sob influência soviética e com um sistema socialista, enquanto a Coréia do Sul manteve o sistema capitalista.

Guerra do Vietnã: Este conflito ocorreu entre 1959 e 1975 e contou com a intervenção direta dos EUA e URSS. Os soldados norte-americanos, apesar de todo aparato tecnológico, tiveram dificuldades em enfrentar os soldados vietcongues (apoiados pelos soviéticos) nas florestas tropicais do país. Milhares de pessoas, entre civis e militares morreram nos combates. Os EUA saíram derrotados e tiveram que abandonar o território vietnamita de forma vergonhosa em 1975. O Vietnã passou a ser socialista.

Guerra Fria

A Guerra Fria tem início logo após a Segunda Guerra Mundial, pois os Estados Unidos e a União Soviética vão disputar a hegemonia política, econômica e militar no mundo.

A União Soviética possuía um sistema socialista, baseado na economia planificada, partido único (Partido Comunista), igualdade social e falta de democracia. Já os Estados unidos, a outra potência mundial, defendia a expansão do sistema capitalista, baseado na economia de mercado, sistema democrático e propriedade privada. Na segunda metade da década de 1940 até 1989, estas duas potências tentaram implantar em outros países os seus sistemas políticos e econômicos.

Paz Armada

Na verdade, uma expressão explica muito bem este período: a existência da Paz Armada. As duas potências envolveram-se numa corrida armamentista, espalhando exércitos e armamentos em seus territórios e nos países aliados. Enquanto houvesse um equilíbrio bélico entre as duas potências, a paz estaria garantida, pois haveria o medo do ataque inimigo.

Nesta época, formaram-se dois blocos militares, cujo objetivo era defender os interesses militares dos países membros. A OTAN - Organização do Tratado do Atlântico Norte (surgiu em abril de 1949) era liderada pelos Estados Unidos e tinha suas bases nos países membros, principalmente na Europa Ocidental. O Pacto de Varsóvia era comandado pela União Soviética e defendia militarmente os países socialistas.

Alguns países membros da OTAN : Estados Unidos, Canadá, Itália, Inglaterra, Alemanha Ocidental, França, Suécia, Espanha, Belgica, Holanda, Dinamarca, Áustria e Grecia.


Corrida Espacial


EUA e URSS travaram uma disputa muito grande no que se refere aos avanços espaciais. Ambos corriam para tentar atingir objetivos significativos nesta área. Isso ocorria, pois havia uma certa disputa entre as potências, com o objetivo de mostrar para o mundo qual era o sistema mais avançado. No ano de 1957, a URSS lança o foguete Sputnik com um cão dentro, o primeiro ser vivo a ir para o espaço. Doze anos depois, em 1969, o mundo todo pôde acompanhar pela televisão a chegada do homem a lua, com a missão espacial norte-americana.

"Cortina de Ferro"

Após a Segunda Guerra, a Alemanha foi dividida em duas áreas de ocupação entre os países vencedores. A República Democrática da Alemanha, com capital em Berlim, ficou sendo zona de influência soviética e, portanto, socialista. A República Federal da Alemanha, com capital em Bonn (parte capitalista), ficou sob a influência dos países capitalistas. A cidade de Berlim foi dividida entre as quatro forças que venceram a guerra : URSS, EUA, França e Inglaterra. No final da década de 1940 é levantado Muro de Berlim, para dividir a cidade em duas partes : uma capitalista e outra socialista. É a vergonhosa "cortina de ferro".

Plano Marshall e COMECON

As duas potências desenvolveram planos para desenvolver economicamente os países membros. No final da década de 1940, os EUA colocaram em prática o Plano Marshall, oferecendo ajuda econômica, principalmente através de empréstimos, para reconstruir os países capitalistas afetados pela Segunda Guerra Mundial. Já o COMECON foi criado pela URSS em 1949 com o objetivo de garantir auxílio mútuo entre os países socialistas.

Fim da Guerra Fria

A falta de democracia, o atraso econômico e a crise nas repúblicas soviéticas acabaram por acelerar a crise do socialismo no final da década de 1980. Em 1989 cai o Muro de Berlim e as duas Alemanhas são reunificadas. No começo da década de 1990, o então presidente da União Soviética Gorbachev começou a acelerar o fim do socialismo naquele país e nos aliados. Com reformas econômicas, acordos com os EUA e mudanças políticas, o sistema foi se enfraquecendo. Era o fim de um período de embates políticos, ideológicos e militares. O capitalismo vitorioso, aos poucos, iria sendo implantado nos países socialistas.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Milagre Econômico - Importante


O Milagre Econômico


Na área econômica o país crescia rapidamente. Este período que vai de 1969 a 1973 ficou conhecido com a época do Milagre Econômico. O PIB brasileiro crescia a uma taxa de quase 12% ao ano, enquanto a inflação beirava os 18%. Com investimentos internos e empréstimos do exterior, o país avançou e estruturou uma base de infra-estrutura. Todos estes investimentos geraram milhões de empregos pelo país. Algumas obras, consideradas faraônicas, foram executadas, como a Rodovia Transamazônica e a Ponte Rio-Niteroi.

Porém, todo esse crescimento teve um custo altíssimo e a conta deveria ser paga no futuro. Os empréstimos estrangeiros geraram uma dívida externa elevada para os padrões econômicos do Brasil.

Ditadura Militar ( 1964-1988)

Podemos definir a Ditadura Militar como sendo o período da política brasileira em que os militares governaram o Brasil. Esta época vai de 1964 a 1985. Caracterizou-se pela falta de democracia, supressão de direitos constitucionais, censura, perseguição política e repressão aos que eram contra o regime militar.

GOVERNO CASTELLO BRANCO (1964-1967)

Castello Branco, general militar, foi eleito pelo Congresso Nacional presidente da República em 15 de abril de 1964. Em seu pronunciamento, declarou defender a democracia, porém ao começar seu governo, assume uma posição autoritária.

Estabeleceu eleições indiretas para presidente, além de dissolver os partidos políticos. Vários parlamentares federais e estaduais tiveram seus mandatos cassados, cidadãos tiveram seus direitos políticos e constitucionais cancelados e os sindicatos receberam intervenção do governo militar.

O governo militar impõe, em janeiro de 1967, uma nova Constituição para o país. Aprovada neste mesmo ano, a Constituição de 1967 confirma e institucionaliza o regime militar e suas formas de atuação.

GOVERNO COSTA E SILVA (1967-1969)

Em 1967, assume a presidência o general Arthur da Costa e Silva, após ser eleito indiretamente pelo Congresso Nacional. Seu governo é marcado por protestos e manifestações sociais. A oposição ao regime militar cresce no país. A UNE (União Nacional dos Estudantes) organiza, no Rio de Janeiro, a Passeata dos Cem Mil. Em Contagem (MG) e Osasco (SP), greves de operários paralisam fábricas em protesto ao regime militar.

A guerrilha urbana começa a se organizar. Formada por jovens idealistas de esquerda, assaltam bancos e seqüestram embaixadores para obterem fundos para o movimento de oposição armada.

No dia 13 de dezembro de 1968, o governo decreta o Ato Institucional Número 5 ( AI-5 ). Este foi o mais duro do governo militar, pois aposentou juízes, cassou mandatos, acabou com as garantias do habeas-corpus e aumentou a repressão militar e policial.

GOVERNO DA JUNTA MILITAR (31/8/1969-30/10/1969)

Doente, Costa e Silva foi substituído por uma junta militar formada pelos ministros Aurélio de Lira Tavares (Exército), Augusto Rademaker (Marinha) e Márcio de Sousa e Melo (Aeronáutica).

Dois grupos de esquerda, O MR-8 e a ALN seqüestram o embaixador dos EUA Charles Elbrick. Os guerrilheiros exigem a libertação de 15 presos políticos, exigência conseguida com sucesso. Porém, em 18 de setembro, o governo decreta a Lei de Segurança Nacional. Esta lei decretava o exílio e a pena de morte em casos de "guerra psicológica adversa, ou revolucionária, ou subversiva".

GOVERNO MEDICI (1969-1974)

Em 1969, a Junta Militar escolhe o novo presidente: o general Emílio Garrastazu Medici. Seu governo é considerado o mais duro e repressivo do período, conhecido como " anos de chumbo ". A repressão à luta armada cresce e uma severa política de censura é colocada em execução. Jornais, revistas, livros, peças de teatro, filmes,músicas e outras formas de expressão artística são censuradas. Muitos professores, políticos, músicos, artistas e escritores são investigados, presos, torturados ou exilados do país. O DOI-Codi (Destacamento de Operações e Informações e ao Centro de Operações de Defesa Interna ) atua como centro de investigação e repressão do governo militar.

Ganha força no campo a guerrilha rural, principalmente no Araguaia. A guerrilha do Araguaia é fortemente reprimida pelas forças militares.

GOVERNO GEISEL (1974-1979)

Em 1974 assume a presidência o general Ernesto Geisel que começa um lento processo de transição rumo à democracia. Seu governo coincide com o fim do milagre econômico e com a insatisfação popular em altas taxas. A crise do petróleo e a recessão mundial interferem na economia brasileira, no momento em que os créditos e empréstimos internacionais diminuem.

Geisel anuncia a abertura política lenta, gradual e segura. A oposição política começa a ganhar espaço. Nas eleições de 1974, o MDB conquista 59% dos votos para o Senado, 48% da Câmara dos Deputados e ganha a prefeitura da maioria das grandes cidades.

GOVERNO FIGUEIREDO (1979-1985)

A vitória do MDB nas eleições em 1978 começa a acelerar o processo de redemocratização. O general João Baptista Figueiredo decreta a Lei da Anistia, concedendo o direito de retorno ao Brasil para os políticos, artistas e demais brasileiros exilados e condenados por crimes políticos. Os militares de linha dura continuam com a repressão clandestina. Cartas-bomba são colocadas em órgãos da imprensa e da OAB (Ordem dos advogados do Brasil). Em 1979, o governo aprova lei que restabelece o pluripartidarismo no país. Os partidos voltam a funcionar dentro da normalidade. A ARENA muda o nome e passa a ser PDS, enquanto o MDB passa a ser PMDB. Outros partidos são criados, como: Partido dos Trabalhadores ( PT ) e o Partido Democrático Trabalhista ( PDT ).

Os militares de linha dura, não contentes com os caminhos do governo Geisel, começam a promover ataques clandestinos aos membros da esquerda. Em 1975, o jornalista Vladimir Herzog á assassinado nas dependências do DOI-Codi em São Paulo. Em janeiro de 1976, o operário Manuel Fiel Filho aparece morto em situação semelhante.

Em 1978, Geisel acaba com o AI-5, restaura o habeas-corpus e abre caminho para a volta da democracia no Brasil.

A Redemocratização e a Campanha pelas Diretas Já

Nos últimos anos do governo militar, o Brasil apresenta vários problemas. A inflação é alta e a recessão também. Enquanto isso a oposição ganha terreno com o surgimento de novos partidos e com o fortalecimento dos sindicatos.

Em 1984, políticos de oposição, artistas, jogadores de futebol e milhões de brasileiros participam do movimento das Diretas Já. O movimento era favorável à aprovação da Emenda Dante de Oliveira que garantiria eleições diretas para presidente naquele ano. Para a decepção do povo, a emenda não foi aprovada pela Câmara dos Deputados.

No dia 15 de janeiro de 1985, o Colégio Eleitoral escolheria o deputado Tancredo Neves, que concorreu com Paulo Maluf, como novo presidente da República. Ele fazia parte da Aliança Democrática – o grupo de oposição formado pelo PMDB e pela Frente Liberal

Era o fim do regime militar. Porém Tancredo Neves fica doente antes de assumir e acaba falecendo. Assume o vice-presidente José Sarney. Em 1988 é aprovada uma nova constituição para o Brasil. A Constituição de 1988 apagou os rastros da ditadura militar e estabeleceu princípios democráticos no país.

Fim da ditadura militar no Brasil

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Presidentes de 1945 - 1964

Eurico Gaspar Dutra ( 1945-1951)
- Constituição de 1946 (Manteve o presidencialismo, 5 anos de candidatura presidencial, independencia dos Poderes, voto direto e secreto para maiores de 18 anos, autonomia aos estados e municipios, liberdade de opiniao, direito de greve e sindicatos trabalhistas).
- Ligação com os EUA.
- Importação de produtos americanos.
- Ilegalidade do Partido Comunista Brasileiro ( PCB)

Getúlio Vargas ( 1951-1954)
- Nacionalismo
- " O pretróleo é nosso " - Criação da Petrobrás ( 1953)
- Controle dos sindicatos
- Oposição- Carlos Lacerda da União Democratica Nacional ( UDN)
- Atentado da rua Toneleiros ( morte do coronel do exercito e Lacerda)
- 1954: Crise política - Suicídio de Vargas

Café Filho( 1954-1956)
- Era opositor de GV, era da UDN
- Importação e multinacionais
- Militares Golpistas

Juscelino Kubistchek( 1956-1961)
- Desenvolvimento
- Forte oposição a UDN
- Plano de Metas: 50 anos em 5
- Energia,transporte,indústria,educação e alimentos
- Criação de Brasília ( transferencia de capital, era o Rio de Janeiro)
- Endividamento
- Inflação e corrupção

Janio Quadros ( 1961)
- Vitória da UDN
- Não tinha ligação com o EUA
- Ligação com Che Guevara
- Jango na China ( socialismo)
- Tentativa de golpe
- Renuncia em agosto de 1961

João Goulart ( 1961-1964)
- Comunista
- Aproximação com movimentos populares
- Reforma Agrária
- Golpe Militar em 1964

COMEÇO DA DITADURA MILITAR NO BRASIL

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Segunda Guerra Mundial ( 1939-1945)

As causas da Segunda Guerra

Um conflito desta magnitude não começa sem importantes causas ou motivos. Podemos dizer que vários fatores influenciaram o início deste conflito que se iniciou na Europa e, rapidamente, espalhou-se pela África e Ásia.

Um dos mais importantes motivos foi o surgimento, na década de 1930, na Europa, de governos totalitários com fortes objetivos militaristas e expansionistas. Na Alemanha surgiu o nazismo, liderado por Hitler e que pretendia expandir o território Alemão, desrespeitando o Tratado de Versalhes,inclusive reconquistando territórios perdidos na Primeira Guerar.Na Itália estava crescendo o Partido Fascista, liderado por Benito Mussolini, que se tornou o Duce da Itália, com poderes sem limites.


Tanto a Itália quanto a Alemanha passavam por uma grave crise econômica no início da década de 1930, com milhões de cidadãos sem emprego. Uma das soluções tomadas pelos governos fascistas destes países foi a industrialização, principalmente na criação de indústrias de armamentos e equipamentos bélicos (aviões de guerra, navios, tanques etc).


Na Ásia, o Japão também possuía fortes desejos de expandir seus domínios para territórios vizinhos e ilhas da região. Estes três países, com objetivos expansionistas, uniram-se e formaram o Eixo. Um acordo com fortes características militares e com planos de conquistas elaborados em comum acordo.


O Início


O marco inicial ocorreu no ano de 1939, quando o exército alemão invadiu a Polônia. De imediato, a França e a Inglaterra declararam guerra à Alemanha. De acordo com a política de alianças militares existentes na época, formaram-se dois grupos : Aliados (liderados por Inglaterra, URSS, França e Estados Unidos) e Eixo (Alemanha, Itália e Japão ).

Desenvolvimento e Fatos Históricos Importantes:
  • O período de 1939 a 1941 foi marcado por vitórias do Eixo, lideradas pelas forças armadas da Alemanha, que conquistou o Norte da França, Iugoslávia, Polônia, Ucrânia, Noruega e territórios no norte da África. O Japão anexou a Manchúria, enquanto a Itália conquistava a Albânia e territórios da Líbia.

  • Em 1941 o Japão ataca a base militar norte-americana de Pearl Harbor no Oceano Pacífico (Havaí). Após este fato, considerado uma traição pelos norte-americanos, os estados Unidos entraram no conflito ao lado das forças aliadas.

  • De 1941 a 1945 ocorreram as derrotas do Eixo, iniciadas com as perdas sofridas pelos alemães no rigoroso inverno russo. Neste período, ocorre uma regressão das forças do Eixo que sofrem derrotas seguidas. Com a entrada dos EUA, os aliados ganharam força nas frentes de batalhas.

  • O Brasil participa diretamente, enviando para a Itália (região de Monte Cassino) os pracinhas da FEB, Força Expedicionária Brasileira. Os cerca de 25 mil soldados brasileiros conquistam a região, somando uma importante vitória ao lado dos Aliados.

Final e Consequências

Este importante e triste conflito terminou somente no ano de 1945 com a rendição da Alemanha e Itália. O Japão, último país a assinar o tratado de rendição, ainda sofreu um forte ataque dos Estados Unidos, que despejou bombas atômicas sobre as cidades de Hiroshima e Nagazaki. Uma ação desnecessária que provocou a morte de milhares de cidadãos japoneses inocentes, deixando um rastro de destruição nestas cidades.

Os prejuízos foram enormes, principalmente para os países derrotados. Foram milhões de mortos e feridos, cidades destruídas, indústrias e zonas rurais arrasadas e dívidas incalculáveis. O racismo esteve presente e deixou uma ferida grave, principalmente na Alemanha, onde os nazistas mandaram para campos de concentração e mataram aproximadamente seis milhões de judeus.

Com o final do conflito, em 1945, foi criada a ONU ( Organização das Nações Unidas ), cujo objetivo principal seria a manutenção da paz entre as nações. Inicia-se também um período conhecido como Guerra Fria, colocando agora, em lados opostos, Estados Unidos e União Soviética. Uma disputa geopolítica entre o capitalismo norte-americano e o socialismo soviético, onde ambos países buscavam ampliar suas áreas de influência sem entrar em conflitos armados.

Primeira Guerra Mundial ( 1914-1918)

Antecedentes
Vários problemas atingiam as principais nações européias no início do século XX. O século anterior havia deixado feridas difíceis de curar. Alguns países estavam extremamente descontentes com a partilha da Ásia e da África, ocorrida no final do século XIX. Alemanha e Itália, por exemplo, haviam ficado de fora no processo neocolonial. Enquanto isso, França e Inglaterra podiam explorar diversas colônias, ricas em matérias-primas e com um grande mercado consumidor. A insatisfação da Itália e da Alemanha, neste contexto, pode ser considerada uma das causas da Grande Guerra.

O início da Grande Guerra
O estopim deste conflito foi o assassinato de Francisco Ferdinando, príncipe do império austro-húngaro. O império austro-húngaro não aceitou as medidas tomadas pela Sérvia com relação ao crime e, no dia 28 de julho de 1914, declarou guerra à Servia.

Política de Alianças
Os países europeus começaram a fazer alianças políticas e militares desde o final do século XIX. Durante o conflito mundial estas alianças permaneceram. De um lado havia a Tríplice Aliança formada em 1882 por Itália, Império Austro-Húngaro e Alemanha ( a Itália passou para a outra aliança em 1915). Do outro lado a Tríplice Entente, formada em 1907, com a participação de França, Rússia e Reino Unido.


Desenvolvimento
As batalhas desenvolveram-se principalmente em trincheiras. Os soldados ficavam, muitas vezes, centenas de dias entrincheirados, lutando pela conquista de pequenos pedaços de território. A fome e as doenças também eram os inimigos destes guerreiros. Nos combates também houve a utilização de novas tecnologias bélicas como, por exemplo, tanques de guerra e aviões. Enquanto os homens lutavam nas trincheiras, as mulheres trabalhavam nas indústrias bélicas como empregadas.


Fim do conflito
Em 1917 ocorreu um fato histórico de extrema importância : a entrada dos Estados Unidos no conflito. Os EUA entraram ao lado da Tríplice Entente, pois havia acordos comerciais a defender, principalmente com Inglaterra e França. Este fato marcou a vitória da Entente, forçando os países da Aliança a assinarem a rendição. Os derrotados tiveram ainda que assinar o Tratado de Versalhes que impunha a estes países fortes restrições e punições.

A Alemanha teve seu exército reduzido, sua indústria bélica controlada, perdeu a região do corredor polonês, teve que devolver à França a região da Alsácia Lorena, além de ter que pagar os prejuízos da guerra dos países vencedores. O Tratado de Versalhes teve repercussões na Alemanha, influenciando o início da Segunda Guerra Mundial.

domingo, 24 de janeiro de 2010

Era Vargas

A chamada Era Vargas está dividida em três momentos: Governo Provisório, Governo Constitucional e Estado Novo.

Governo Provisório ( 1930-1934)

Nomeado presidente, Getúlio Vargas usufruia de poderes quase ilimitados e, aproveitando-se deles, começou a tomar políticas de modernização do país. Ele criou, por exemplo, novos ministérios - como o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio e o Ministério da Educação e Saúde. Continuou com o apoio ao café.

A Getúlio Vargas também é creditado, nesta época, a Lei da Sindicalização, que vinculava os sindicatos brasileiros indiretamente - por meio da câmara dos deputados - ao Presidente. Vargas pretendia, assim, tentar ganhar o apoio popular, para que estes apoiassem suas decisões (a política conhecida como populismo). Assim sendo, houve, na Era Vargas, grandes avanços na legislação trabalhista brasileira.


O Governo Constitucional (1934-1937)

Getúlio Vargas convoca a Assembléia em 1933, e em 16 de julho de 1934 a nova Constituição, trazendo novidades como o voto secreto, ensino primário obrigatório, o voto feminino e diversas leis trabalhistas. O voto secreto significou o fim do voto aberto imposto na República Velha, onde os coronéis tinham a oportunidade de controlar os votos. A nova constituição estabeleceu também que, após sua promulgação, o primeiro presidente seria eleito de forma indireta pelos membros da Assembleia Constituinte. Getúlio Vargas saiu vitorioso.

Nessa mesma época, duas vertentes políticas começaram a influenciar a sociedade brasileira. De um lado, a extrema direita fundaraa Ação Integralista Brasileuiro (AIB), de caráter fascista e pregando um Estado totalitário. Do outro, crescia a força de esquerda da Aliança Nacional Libertadora (ANL), inspirado no regime socialista da União Soviética, que também era totalitário.

Estes partidos possuíam carater nacional, diferentemente dos partidos dominantes durante a República Velha, que geralmente representavam o seu estado (São Paulo, Minas Gerais...). Essa tendência persite até hoje.

Integrailsmo: Corrente que defendia o fascismo no Brasil, liderada por Plínio Salgado.

Aliancismo: Corrente que defendia a revolução socialista no Brasil através da Intentona Comunista, liderada por Luis Carlos Prestes e Olga Prestes.

Estado Novo ( 1937-1945)

A constituição de 1937, que criou o "Estado Novo" getulista, tinha caráter centralizador e autoritário. Ela suprimiu a liberdade partidária, a independência entre os três poderes e o próprio federalismo existente no país, Vargas fechou o Congresso Nacional e criou o Tribunal de Segurança Nacional.

Os prefeitos passaram a ser nomeados pelos governadores e esses, por sua vez, pelo presidente. Foi criado o DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda), com o intuito de projetar Getúlio Vargas como o "Pai dos Pobres" e o "Salvador da Pátria".

No dia 29 de Outubro de 1945, Getúlio Vargas foi deposto por um golpe militar, sendo conduzido ao exílio na sua cidade natal, São Borja. No dia 2 de dezembro do mesmo ano, foram realizadas eleições livres para o parlamento e presidência, nas quais Getúlio seria eleito senador pela maior votação da época. Era o fim da Era Vargas, mas não o fim de Getúlio Vargas, que em 1951 retornaria à presidência pelo voto popular.

sábado, 23 de janeiro de 2010

Revolta dos 18 do Forte de Copacabana/ Coluna Prestes

A Revolta do Forte de Copacabana, em 1922, foi o primeiro movimento militar armado, que pretendeu tirar do poder as elites tradicionais e esboçou a defesa de princípios modernizadores, refletindo o descontentamento com a organização política e econômica da época e características peculiares da formação do exército brasileiro.

No começo do século XX, o crescimento das cidades acentuou-se, destacando-se o Rio de Janeiro (capital do país) e São Paulo, esta última devido ao desenvolvimento da economia cafeeira. A vida urbana passou a se definir por novos padrões de consumo.

Os rebeldes do forte de Copacabana dispararam seus canhões contra diversos redutos do Exército, forçando inclusive o comando militar a abandonar o Ministério da Guerra. As forças legais revidaram, e o forte sofreu sério bombardeio.

Finalmente, no início da tarde do dia 6 de julho, ante a impossibilidade de prosseguir no movimento, os revoltosos que permaneciam firmes na decisão de não se renderem ao governo abandonaram o forte e marcharam pela avenida Atlântica de encontro às forças legalistas. A eles aderiu o civil Otávio Correia, até então mero espectador dos acontecimentos.

Conhecidos como os 18 do Forte - embora haja controvérsias quanto a seu número, pois os depoimentos dos sobreviventes e as notícias da imprensa da época não coincidem -, os participantes da marcha travaram tiroteio com as forças legais. Os tenentes Siqueira Campos e Eduardo Gomes sobreviveram com graves ferimentos. Entre os mortos, estavam os tenentes Mário Carpenter e Newton Prado.

A Coluna Miguel Costa-Prestes, popularmente conhecida somente por Coluna Prestes, foi um movimento político-militar brasileiro existente entre 1925 e 1927 e ligado ao tenentismo, corrente que possuía um programa bastante difuso, mas algumas linhas gerais podem ser delineadas: insatisfação com a República Velha, exigência do voto secreto, defesa do ensino público e a obrigatoriedade do ensino primário para toda população.

O movimento contou com lideranças das mais diversas correntes políticas, mas a maior parte do movimento era composta por capitães e tenentes da classe média, donde originou-se o ideal de "Soldado Cidadão".

O movimento deslocou-se pelo interior do país pregando reformas políticas e sociais e combatendo o governo do então presidente Artur bernardes e, posteriormente, de Washington Luis. Em sua marcha pelo Brasil, os integrantes da Coluna Prestes denunciavam a miséria da população e a exploração das camadas mais pobres pelos líderes políticos.

Com o sucesso da marcha, a Coluna Miguel Costa-Prestes ajuda a abalar ainda mais o prestígio da Republica Velha e a preparar a Revolução de 30. Projeta também a figura de Luis Carlos Prestes, que posteriormente entra no Partido Comunista Brasileiro (PCB), tornando-se um mito. Prestes foi chamado por esta marcha de cavaleiro da esperança.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

República do Café com Leite

Política do Café-com-Leite

A maioria dos presidentes desta época eram políticos de Minas Gerais e São Paulo. Estes dois estados eram os mais ricos da nação e, por isso, dominavam o cenário político da república. Saídos das elites mineiras e paulistas, os presidentes acabavam favorecendo sempre o setor agrícola, principalmente do café (paulista) e do leite (mineiro). A política do café-com-leite sofreu duras críticas de empresários ligados à indústria, que estava em expansão neste período.

Se por um lado a política do café-com-leite privilegiou e favoreceu o crescimento da agricultura e da pecuária na região Sudeste, por outro, acabou provocando um abandono das outras regiões do país.

Política dos Governadores

Montada no governo do presidente paulista Campos Salles, esta política visava manter no poder as oligarquias. Em suma, era uma troca de favores políticos entre governadores e presidente. O presidente apoiava os candidatos dos partidos governistas nos estados, enquanto estes políticos davam suporte a candidatura presidencial e também durante a época do governo.

O coronelismo

A figura do "coronel" era muito comum durante os anos iniciais da República, principalmente nas regiões do interior do Brasil. O coronel era um grande fazendeiro que utilizava seu poder econômico para garantir a eleição dos candidatos que apoiava.

Era usado o voto de cabresto, em que o coronel (fazendeiro) obrigava e usava até mesmo a violência para que os eleitores de seu "curral eleitoral" votassem nos candidatos apoiados por ele.

Como o voto era aberto, os eleitores eram pressionados e fiscalizados por capangas do coronel, para que votasse nos candidatos indicados. O coronel também utilizava outros "recursos" para conseguir seus objetivos políticos, tais como: compra de votos, votos fantasmas, troca de favores, fraudes eleitorais e violência.

A crise da República Velha e o Golpe de 1930

Em 1930 ocorreriam eleições para presidência e, de acordo com a política do café-com-leite, era a vez de assumir um político mineiro do PRM. Porém, o Partido Republicano Paulista do presidente Washington Luís indicou um político paulista, Julio Prestes, a sucessão, rompendo com o café-com-leite.

Descontente, o PRM junta-se com políticos da Paraíba e do Rio Grande do Sul (forma-se a Aliança Liberal ) para lançar a presidência o gaúcho Getúlio Vargas.

Júlio Prestes sai vencedor nas eleições de abril de 1930, deixando descontes os políticos da Aliança Liberal, que alegam fraudes eleitorais. Liderados por Getúlio Vargas, políticos da Aliança Liberal e militares descontentes, provocam a Revolução de 1930. É o fim da República Velha e início da Era Vargas.

Proximas postagens ( Era Vargas ).

Brasil República / República Velha

O período que vai de 1889 a 1930 é conhecido como a República Velha. Este período da História do Brasil é marcado pela disputa política entre os Paulistas ( cafecultores) e os Mineiros ( agricultores).

República da Espada ( 1889-1894)
Em 15 de novembro de 1889, aconteceu a Proclamação da República, liderada pelo Marechal Deodoro da Fonseca. Nos cinco anos iniciais, o Brasil foi governado por militares. Deodoro da Fonseca, tornou-se Chefe do Governo Provisório. Em 1891, renunciou e quem assumiu foi o vice-presidente Floriano Peixoto.
O militar Floriano, em seu governo, intensificou a repressão aos que ainda davam apoio à monarquia.

A Constituição de 1891 ( Primeira Constituição Republicana)

Após o início da República havia a necessidade da elaboração de uma nova Constituição, pois a antiga ainda seguia os ideais da monarquia. A constituição de 1891, garantiu alguns avanços políticos, embora apresentasse algumas limitações, pois representava os interesses das elites agrárias do pais.

A nova constituição implantou o voto universal para os cidadãos ( mulheres, analfabetos, militares de baixa patente ficavam de fora ). A constituição instituiu o presidencialismo e o voto aberto.

República das Oligarquias

O período que vai de 1894 a 1930 foi marcado pelo governo de presidentes civis, ligados ao setor agrário. Estes políticos saiam dos seguintes partidos: Partido Republicano Paulista (PRP) e Partido Republicano Mineiro (PRM). Estes dois partidos controlavam as eleições, mantendo-se no poder de maneira alternada. Contavam com o apoio da elite agrária do país.

Dominando o poder, estes presidentes implementaram políticas que beneficiaram o setor agrário do país, principalmente, os fazendeiros de café do oeste paulista.

Surgiu neste período o tenentismo, que foi um movimento de caráter político-militar, liderado por tenentes, que faziam oposição ao governo oligárquico. Defendiam a moralidade política e mudanças no sistema eleitoral (implantação do voto secreto) e transformações no ensino público do país. A Coluna Prestes e a Revolta dos 18 do Forte de Copacabana foram dois exemplos do movimento tenentista. ( serão postadas depois ).

Imigração no Brasil

A Imigração brasileira se iniciou na época do café no Brasil. A lei das terras incentivou a vinda dos imirantes para o Brasil, pois os donos das terras faziam um acordo com os imigrantes: se eles trabalhassem na terra deles, poderiam depois ganhar novas terras e assim, muito dinheiro.

Esse novo acordo favoreceu a vinda de muitos imigrantes para o brasil, como japoneses,portugueses,italianos,alemães e assim por diante.

A mão de obra nas lavouras de café estão diretamente relacionadas com a vinda de imigrantes ao Brasil.

Enquanto a necessidade de mão-de-obra diminuía nas plantações do Vale do Paraíba, na então província de São Paulo, as plantações de café prosperavam e necessitavam cada vez mais de mão-de-obra em quantidade muito superior a que o Brasil tinha de trabalhadores livres e escravos.

Portanto, foi a expansão econômica e, em menor grau, a necessidade de colonização de regiões praticamente desabitadas do país que incentivaram a imigração para o Brasil.

A abolição da escravidão e expansão cafeeira em São Paulo foram eventos contemporâneos, o que leva muitos a pensar que foi o primeiro que causou o grande fluxo de imigrantes que veio logo a seguir para o Brasil.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Lei das Terras ( 1850)

Na Constituição Brasileira de 1824, os privilégios e as injustiças em relação à posse de terra foram mantidos, embora houvesse algum avanço sócio-político nas discussões sobre a terra.

A partir de 1850, com os primeiros sinais da abolição da escravidão, tornou-se necessário para os grandes proprietários rurais que formavam a nossa elite econômica agrária, a inibição da propriedade da terra através de apropriação pela posse. Do contrário, quando os escravos fossem libertados e novos imigrantes chegassem, não haveria empregados aos grandes proprietários, pois todos iriam em busca das terras do interior.

Surge então a Lei de Terras,que diz que a partir desta data só poderia ocupar as terras por compra e venda ou por autorização do Rei. Todos os que já estavam nela, receberam o título de proprietário, porém, tinha que residir e produzir na terra.

A criação desta Lei transforma a situação na época porque garantiu os interesses dos grandes proprietarios do nordeste e do sudeste que estavam iniciando a promissora produção do café. Definiu que: as terras ainda não ocupadas passavam a ser propriedade do Estado e só poderiam ser adquiridas através da compra nos leilões mediante pagamento à vista, e não mais através de posse, e quanto às terras já ocupadas, estas podiam ser regularizadas como propriedade privada.


Abolição da Escravidão

Escravidão negra

O governo imperial brasileiro relutava em cumprir os acordos, leis e tratados firmados com a Inglaterra, país cujos interesses econômicos a levaram a defesa da extinção do tráfico de escravos para aumentar seu mercado consumidor. Em 1850 o Brasil cedeu as pressões dos ingleses promulgando a Lei Eusébio de Queir que levou a extinção definitiva do tráfico.

A proibição do tráfico negreiro levaria inevitavelmente ao fim o trabalho escravo. Mas a classe dominante adiou o quando pôde a abolição da escravidão no país. Para solucionar o problema da crescente escassez de mão de obra, os fazendeiros recorreram inicialmente ao tráfico interno de escravos, comprando-os de regiões economicamente decadentes.

Quando o problema da falta de mão de obra escrava agravou-se, os prósperos fazendeiros paulistas colocaram em prática uma política de incentivo à imigração de colonos, que passaram a trabalhar sob regime assalariado. O Brasil seria um dos últimos países do mundo a abolir a escravidão, em 1888.

Leis que acabaram com a escravidão

A Lei do Ventre Livre, de 28 de setembro de 1871, tornou livres filhos de escravos nascidos a partir daquela data, embora ficassem sob a tutela de seus senhores até os 21 anos.

A segunda foi a Leis dos Sexagenários, que libertou os escravos com mais de 65 anos e foi promulgada no dia 28 de setembro de 1885. Porém, eram poucos os que chegavam a esta idade, por causa das péssimas condições de vida.

A mais importante, no entanto, foi a Lei Áurea, assinada pela princesa Isabel, filha de D. Pedro II, no dia 13 de maio de 1888 e que acabou, finalmente, com a escravidão no Brasil.

Segundo Reinado ( 1840-1889)

Iniciava-se em 1840 o Segundo Reinado, que durou até 1889. A antecipação da maioridade do herdeiro do trono real passou para a história como o "golpe da maioridade". A medida foi uma iniciativa dos políticos pertencentes ao Partido Liberal como uma alternativa ao governo regencial (1831-1840), que era apontado na época como a principal causa das freqüentes rebeliões, agitações sociais do país.

No Segundo Reinado o país foi pacificado. Cessaram as rebeliões provinciais que marcaram o panorama político dos governos regenciais e ameaçaram a ordem social e a consolidação do Estado brasileiro. Duas rebeliões que eclodiram ainda no período regencial chegaram ao fim no segundo reinado: a Balaiada em 1841, e a Farroupilha, em 1845.


Escravidão e ausência de participação popular

A classe dominante estava coesa em torno da manutenção da escravidão e da alienação (ou ausência) da participação popular nas decisões políticas governamentais. Mas tinham divergências no que diz respeito a interesses econômicos e políticos locais. Assim, organizaram-se politicamente em duas agremiações políticas: o Partido Liberal e Partido Conservador.

Os dois partidos políticos disputavam o poder através de eleições legislativas (para a Câmara dos Deputados). Por meio de um processo eleitoral bastante fraudulento e violento, tentavam conquistar maioria no Parlamento e influenciar as decisões governamentais na medida que seus membros fossem nomeados para formar os gabinetes ministeriais. No transcurso do segundo reinado, liberais e conservadores se alternaram no poder.

Parlamentarismo e poder Moderador

Os anos de 1840 até 1846 foram marcados por conflitos e divergências políticas entre liberais e conservadores com relação ao sistema de governo. Em 1847, porém, foi instituído o Parlamentarismo, que passou a funcionar articulado ao Poder Moderador.

O poder do café

A estabilidade política advinda com o governo imperial de dom Pedro 2º foi amplamente favorecida pela comercialização do café. A expansão da lavoura cafeeira a partir da segunda metade do século 19 deu novo impulso a economia agroexportadora, trazendo prosperidade econômica ao país e favorecendo a consolidação dos interesses dos grandes proprietários rurais.

A produção em larga escala do café começou no Rio de Janeiro, nas regiões de Angra dos Reis e Mangaratiba, a partir de 1830. Em seguida, as plantações se alastraram para o vale do rio Paraíba, a partir daí a produção voltou-se para exportação. Por volta de 1850, a lavoura cafeeira se expandiu para o Oeste paulista, favorecida pelas condições propícias do solo para o cultivo do café.

Para ser lucrativa, a comercialização do café no concorrido mercado mundial exigiu dos grandes fazendeiros o emprego em larga escala de mão de obra escrava. Não obstante, nesta época o tráfico mundial de escravos entrou em declínio.


Declínio do Segundo Reinado

O café tornou-se o principal produto de exportação brasileiro. A prosperidade econômica advinda com sua comercialização estimulou a industrialização e a urbanização. Com isso, surgiram novos grupos e classes sociais, portadoras de novas demandas e interesses. Esses grupos passariam a contestar o regime monárquico através dos movimentos republicano e abolicionista.

Enquanto a produção cafeeira das regiões do vale do rio Paraíba e do Rio de Janeiro entraram em decadência, devido ao esgotamento dos solos, o oeste paulista expandia a produção beneficiado pelas terras roxas, bastante propícias à cultura do café. Para os interesses dessa classe de ricos proprietários rurais a monarquia centralizadora - sediada no Rio de Janeiro e apoiada pelos decadentes senhores de engenhos nordestinos e cafeicultores do vale do Paraíba -, já não tinha utilidade.

Desse modo, gradualmente, a monarquia foi perdendo legitimidade diante dos novos interesses e aspirações sociais que surgiram. Além disso, a partir da década de 1870, o Estado monárquico entrou em conflito com duas instituições importantes que formavam a base de sustentação do regime: o Exército e a Igreja Católica. Uma aliança entre os ricos proprietários rurais do oeste paulista e a elite militar do Exército levou a derrocada final do regime monárquico, com a proclamação da República.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Revoltas no Período Regencial

Cabanagem ( 1835-1840)
A Cabanagem foi a revolta na qual negros, índios e mestiços se insurgiram contra a elite política e tomaram o poder no Pará( Brasil). Entre as causas da revolta encontram-se a extrema pobreza das populações ribeirinhas e a irrelevância política à qual a província foi relegada após a independencia do Brasil.
De cunho popular, contou com a participação de elementos das camadas média e alta da região, entre os quais se destacam os nomes do padre Joao Batista Gonçalves Campos, do jornalista Vicente Ferreira Lavor Papagaio.
A denominação "Cabanagem" remete ao tipo de habitação da população ribeirinha, constituída por mestiços, escravos libertos e indigenas.
Balaiada ( 1838-1841)
A Balaiada foi uma revolta de caráter popular, no interior da então Província do Maranhão,no Brasil, e que após a tentativa de invasão de São Luís, dispersou-se e estendeu-se para a vizinha província do Piauí. Foi feita por pobres da região, escravos, fugitivos e prisioneiros. O motivo era a disputa pelo controle do poder local. A definitiva pacificação só foi conseguida com a anistia concedida pelo imperador aos revoltosos sobreviventes.
Sabinada ( 1837-1838)
A Bahia, desde o período colonial, se destacou como palco de luta contra a opressão política e o desmando governamental. Entre outras rebeliões de escravos desencadeadas durante a Regência, a Sabinada se destacou enquanto movimento de natureza eminentemente popular.
Em resposta ao movimento, o governo regencial nomeou um novo governador e organizou um destacamento de forças militares destinadas a dar fim ao levante. Após bloquear as saídas marítimas de Salvador, as tropas do governo iniciaram o ataque terrestre. Entre os dias 13 e 15 de março, as ruas de Salvador foram ocupadas pelas forças regenciais, que renderam os participantes da revolta.

Logo após a batalha, os líderes da revolta foram julgados, sendo que três foram condenados à morte e os demais à prisão perpétua. No entanto, as penas foram posteriormente abrandadas para o degredo em território nacional.

Revolução Farroupilha (1835-1845)

Foi uma Revolução que eclodiu na noite de 19/09/1835, quando Bento Gonçalves
avançou com cerca de 200 "farrapos" (ala dos exaltados, que queriam províncias mais autônomas, unidas por uma república mais flexível) sobre a capital Porto Alegre. A revolta deveu-se em função dos elevados impostos cobrados no local de venda (normalmente outros Estados) sobre itens (animais, couro, charque e trigo) produzidos nas estâncias do Estado. Charqueadores e estancieiros reclamavam, ainda, de outros impostos: sobre o sal importado e sobre a propriedade da terra.
Revolta de Malês - 1835

A chamada Revolta dos Malês (também conhecida como revolta dos escravos de Alá) registrou-se em 1835 na cidade de Salvador, capital da então Província da Bahia.
Consistiu numa sublevação de caráter racial, de escravos africanos , de religião islâmica, organizados em torno de propostas radicais para libertação dos demais escravos africanos. O termo "malê" deriva do iorubá "imale", designando o muçulmano.
Apesar de rapidamente controlada, a Revolta dos Malês serviu para demonstrar às autoridades e às elites o potencial de contestação e rebelião que envolvia a manutenção do regime escravocrata, ameaça que esteve sempre presente durante todo o Período Regencial e se estendeu pelo Governo pessoal de D. Pedro II.

Ato adicional / Golpe da maioridade

Ato adicional de 1834

No dia 12 de agosto de 1834, os membros da Câmara dos Deputados estabeleceram um conjunto de mudanças que afetaram diretamente as diretrizes da Constituição de 1824. Nesse dia, o chamado Ato Adicional aprovou uma série de mudanças que refletiam bem o novo cenário político experimentado. Agora, sem a intervenção do poder régio, as tendências políticas presentes, representadas pelas alas liberal e conservadora, tentavam se equilibrar no poder.

Em primeiro aspecto, essa reforma da constituição autorizou cada uma das províncias a criar uma Assembleia Legislativa.

Outra importante reforma que o Ato Adicional estipulou foi a extinção da Regência Trina e a escolha de apenas um representante para ocupar o cargo regencial.

Golpe da Maioridade


Ao longo do período regencial, a disputas entre as tendências políticas promoveram a instalação de um clima instável. De um lado, os liberais defendiam a concessão de maiores liberdades aos governos locais com a criação de poderes legislativos e a eleição de assembleias regenciais. Por outro, os conservadores entendiam que a manutenção de um sistema político centralizado era pressuposto fundamental para que a unidade territorial e política fossem seguramente preservadas.

A intenção dos liberais era a de apoiar a chegada de D. Pedro II ao governo, aproveitando de sua inexperiência para assumir importantes funções políticas. No início de 1840, o político liberal Antônio Carlos de Andrada e Silva criou o chamado Clube da Maioridade. Com o apoio da imprensa, a proposta de antecipação ganhou as ruas da capital e incitou algumas manifestações de apoio popular. Para muitos, a imagem jovem e instruída de D. Pedro II representava um tentativa de ordenação política e social.

O movimento não sofreu oposição dos conservadores, que poderiam ser facilmente acusados de repúdio ao regime monárquico. Em maio de 1840, um projeto de lei apresentado à Câmara realizou o pedido de antecipação da maioridade de Dom Pedro II. No dia 23 de julho, com expressa concordância do jovem monarca, o fragilizado governo conservador aprovou a medida. Naquele momento, o Segundo Reinado inaugurou uma das mais extensas fases de nossa história política.


1840 - Começo do Segundo Reinado

Período Regencial

A queda de D. Pedro I, a 7 de Abril de 1831, representou a vitória do
chamado Partido Brasileiro, contra o Absolutismo do Imperador, que se
apoiava no chamado Partido Português.

O movimento pela derrubada do Imperador contara com grande adesão
popular. Todavia, será a aristocracia rural que irá se beneficiar. Será ela que
assumirá o poder.

Regência Trina Provisória

Primeiro governo que sucedeu a queda do imperador Dom Pedro I, o período regencial iniciou-se com a formação de dois governos trinos. O primeiro deles ficou conhecido como Regência Trina Provisória, onde o calor das transformações políticas deu margem para a formação improvisada de um novo governo.

Os moderados logo assumiram o poder com o intuito de frear as agitações políticas da época. Inicialmente, o governo de Nicolau Pereira de Campos Vergueiro, José Joaquim Carneiro de Campos e Francisco de Lima e Silva reintegraram o chamado “ministério dos brasileiros” e anistiou os presos políticos. A Câmara dos Deputados tiveram seus poderes ampliados, tendo o direito de interferir nas ações do governo regencial.

Guarda Nacional

Durante o período regencial, observamos a eclosão de vários levantes que questionavam a autoridade exercida pelos novos mandatários do poder. Ao manter a estrutura política centralizadora do governo imperial, os regentes apenas eclodiram a forte insatisfação que se dirigia contra o autoritarismo da época. Vale ainda lembrar que, nessa mesma época, os quadros do exército brasileiro eram bastante limitados e não poderiam controlar todas as situações de conflito.

Buscando resolver tal situação, os dirigentes da regência autorizaram a criação de um novo organismo armado para assegurar a estabilidade política do país. Em agosto de 1831, a Guarda Nacional foi criada com o propósito de defender a constituição, a integridade, a liberdade e a independência do Império Brasileiro. Além disso, pelo poder a ela concedido, seus membros deveriam firmar o compromisso de sedimentar a tranquilidade e a ordem pública.

Regencia Una de Feijó

Atendendo as medidas previstas no Ato Adicional de 1834, foram feitas eleições para que um novo governo chegasse ao poder. Superando a concorrência liberal, Diogo Antônio Feijó tornou-se regente com um total de 2.826 votos. O baixo número de eleitores refletia a exclusão política e a falta de representatividade das instituições políticas da época.

Regencia Una de Araújo Lima

Após a abdicação do regente Feijó, uma nova eleição foi realizada em abril de 1838. Entre os principais concorrentes ao cargo de regente estavam o liberal Antônio Francisco de Paula Holanda Cavalcanti e o fazendeiro pernambucano Araújo Lima. Em um período em que as primeiras revoltas contra o governo explodiam a vitória do conservador Araújo Lima consolidou-se sem maiores problemas.

Em julho de 1840, não mais resistindo às pressões liberais, o governo regencial chegou ao seu fim com a coroação do jovem Dom Pedro II. Tal episódio ficou conhecido como o Golpe da Maioridade. Mesmo o golpe representando um avanço das alas liberais, o início do Segundo Reinado não configurou uma reforma estrutural das práticas políticas da época.

Econômia do Período Regencial

Ao debatermos sobre as instabilidades do período regencial, muito se fala sobre as disputas políticas concebidas na época. As diferenças políticas entre liberais ( partido portugues) e conservadores ( partido brasileiro) seria ponto fundamental na promoção os levantes que se engendram entre 1831 e 1840. Contudo, apesar da relevância das questões políticas, não podemos deixar de falar sobre a situação econômica do Brasil na época, que também influiu nas agitações que ameaçaram a ordem regencial.

Os problemas econômicos vividos na Regência estavam intimamente ligados às catastróficas medidas adotadas durante os períodos Joanino e no Primeiro Reinado. Prestes a voltar para sua terra natal, o rei Dom João VI tomou os recursos financeiros disponíveis nos cofres públicos. Logo em seguida, D. Pedro I gastou fortunas para conter revoltas e pagar dívidas junto ao nosso maior credor, a Inglaterra.

A economia brasileira só deu sinais positivos com a rápida ascensão de um produto que começou a ser explorado durante a regência: o café. A ampliação de seu mercado consumidor formou uma elite de grandes produtores agrícolas assentados no uso da grande propriedade e da mão de obra escrava. Nesse primeiro momento, o Vale do Paraíba, entre Rio de Janeiro e São Paulo, foi a principal área de produção cafeeira.



Primeiro Reinado

O Primeiro Reinado é a fase da História do Brasil que corresponde ao governo de D. Pedro I. Tem início em 7 de setembro de 1822, com a Independência do Brasil¹ e termina em 7 de abril de 1831, com a abdicação de D. Pedro I.

O governo de D. Pedro I enfrentou muitas dificuldades para consolidar a independência, pois no Primeiro Reinado ocorrem muitas revoltas regionais, oposições políticas internas.

Constituição de 1824

Em 1823, durante a elaboração da primeira Constituição brasileira, os políticos tentaram limitar os poderes do imperador. Foi uma reação política a forma autoritária de governar do imperador. Neste mesmo ano, o imperador, insatisfeito com a Assembléia Constituinte², ordenou que as forças armadas fechassem a Assembléia. Alguns deputados foram presos.

D.Pedro I escolheu dez pessoas de sua confiança para elaborar a nova Constituição. Esta foi outorgada em 25 de março de 1824 e apresentou todos os interesses autoritários do imperador. Além de definir os três poderes (legislativo, executivo e judiciário), criou o poder Moderador, exclusivo do imperador, que lhe concedia diversos poderes políticos.

A Constituição de 1824 também definiu leis para o processo eleitoral no país. De acordo com ela, só poderiam votar os grandes proprietários de terras, do sexo masculino e com mais de 25 anos. Para ser candidato também era necessário comprovar alta renda (400.000 réis por ano para deputado federal e 800.000 réis para senador).

Crise do Governo

Nove anos após a Independência do Brasil, a governo de D.Pedro I estava extremamente desgastado. O descontentamento popular com a situação social do país era grande. O autoritarismo do imperador deixava grande parte da elite política descontente. A derrota na Guerra da Cisplatina só gerou prejuízos financeiros e sofrimento para as famílias dos soldados mortos. Além disso, as revoltas e movimentos sociais de oposição foram desgastando, aos poucos, o governo imperial.

Outro fato que pesou contra o imperador foi o assassinato do jornalista Libero Badaró. Forte crítico do governo imperial, Badaró foi assassinado no final de 1830. A polícia não encontrou o assassino, porém a desconfiança popular caiu sobre homens ligados ao governo imperial.

Em março de 1831, após retornar de Minas Gerais, D.Pedro I foi recebido no Rio de Janeiro com atos de protestos de opositores. Alguns mais exaltados chegaram a jogar garrafas no imperador, conflito que ficou conhecido como “A Noite das Garrafadas”. Os comerciantes portugueses, que apoiavam D.Pedro I entraram em conflitos de rua com os opositores.

Fim do governo

Sentindo a forte oposição ao seu governo e o crescente descontentamento popular, D.Pedro percebeu que não tinha mais autoridade e forças políticas para se manter no poder.

Em 7 de abril de 1831, D.Pedro I abdicou em favor de seu filho Pedro de Alcântara, então com apenas 5 anos de idade. Logo ao deixar o poder viajou para a Europa.



¹Independencia do Brasil:
A Independência do Brasil é um dos fatos históricos mais importantes de nosso país, pois marca o fim do domínio português e a conquista da autonomia política. Muitas tentativas anteriores ocorreram e muitas pessoas morreram na luta por este ideal. Podemos citar o caso mais conhecido:Tiradentes. Foi um ato da elite brasileira.

Dia do Fico:

Em 9 de janeiro de 1822, D. Pedro I recebeu uma carta das cortes de Lisboa, exigindo seu retorno para Portugal. Há tempos os portugueses insistiam nesta idéia, pois pretendiam recolonizar o Brasil e a presença de D. Pedro impedia este ideal. Porém, D. Pedro respondeu negativamente aos chamados de Portugal e proclamou : "Se é para o bem de todos e felicidade geral da nação, diga ao povo que fico."

Pós Independência

Os primeiros países que reconheceram a independência do Brasil foram os Estados Unidos e o México. Portugal exigiu do Brasil o pagamento de 2 milhões de libras esterlinas para reconhecer a independência de sua ex-colonia. Sem este dinheiro, D. Pedro recorreu a um empréstimo da Inglaterra.
Embora tenha sido de grande valor, este fato histórico não provocou rupturas sociais no Brasil. O povo mais pobre se quer acompanhou ou entendeu o significado da independência. A estrutura agrária continuou a mesma, a escravidão se manteve e a distribuição de renda continuou desigual. A elite agrária, que deu suporte D. Pedro I, foi a camada que mais se beneficiou.

² Assembléia Constituente
A Assembléia Constituinte foi eleita no início de 1823. Foi também um fracasso: dada a uma forte divergência entre os deputados e o soberano, que exigia poder pessoal superior ao do Poder Legislativo e ao do Poder Judiciário, a Assembléia foi dissolvida em novembro.

Tinha-se dois Partidos que queriam ter o poder na Assembléia : O Partido Portugues ( fomado por politicos de Portugal) e o Partido Brasileiro ( formado por representantes do brasil ).

Foi o Partido Brasileiro que conseguiu convencer o Príncipe regente a permanecer no Brasil quando as Cortes exigiram seu retorno a Portugal no episódio do Dia do Fico ( 1822 ).



1822 - Início do Brasil Império

Período Joanino

Quando a família real veio ao Brasil, este período ficou conhecido como o Período Joanino( 1808 - 1821). Nos vestibulares de 2008/2009 foi muito abordado esse tema, por ter sido comemorado 200 anos da vinda da familia real ao Brasil.

Em janeiro de 1808, Portugal estava preste a ser invadido pelas tropas francesas comandadas por Napoleão. Sem condições militares para enfrentar os franceses, o príncipe regente de Portugal, D. João, resolveu transferir a corte portuguesa para sua mais importante colônia, o Brasil. Contou, neste empreendimento, com a ajuda dos aliados ingleses.

Em março de 1808, a corte portuguesa foi instalada no Rio de Janeiro. Muitos moradores, sob ordem de D. João, foram despejados para que os imóveis fossem usados pelos funcionários do governo. Este fato gerou, num primeiro momento, muita insatisfação e transtorno na população da capital brasileira.

Abertura dos portos ( Uma das principais consequencias da vinda da familia real)

Uma das principais medidas tomadas por D. João foi abrir o comércio brasileiro aos países amigos de Portugal. A principal beneficiada com a medida foi à Inglaterra, que passou a ter vantagens comerciais e dominar o comércio com o Brasil. Os produtos ingleses chegavam ao Brasil com impostos de 15%, enquanto de outros países deveriam pagar 24%. Este privilégio fez com que nosso país fosse inundado por produtos ingleses. Esta medida acabou prejudicando o desenvolvimento da indústria brasileira.

Medidas tomadas por D. João

D. João adotou várias medidas econômicas que favoreceram o desenvolvimento brasileiro. Entre as principais, podemos citar:
- estímulo ao estabelecimento de indústrias no Brasil
- construção de estradas
- cancelamento da lei que não permitia a criação de fábricas no Brasil
- reformas em portos
- criação do Banco do Brasil e instalação da Junta de Comércio.

Retorno de D. João à Portugal

Os franceses ficaram em Portugal durante poucos meses, pois o exército inglês conseguiu derrotar as tropas de Napoleão. O povo português passou a exigir o retorno do rei que se encontrava no Brasil. Em 1820, ocorreu a Revolução do Porto, sendo que os revolucionários vitoriosos passaram a exigir o retorno de D. João VI para Portugal e a aprovação de uma Constituição. Pressionado pelos portugueses, D. João VI resolveu voltar para Portugal, em abril de 1821. Deixou em seu lugar, no Brasil, o filho D. Pedro como príncipe regente.

Pouco tempo depois, D. Pedro tornou-se imperador, após o processo de Independência do Brasil (7 de setembro de 1822).

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Guerra da Cisplatina

A Guerra da Cisplatina foi um conflito que ocorreu de 1825 até 1828, envolvendo os países Brasil e Argentina.

O motivo desta batalha era pelo domínio da Província de Cisplatina, atual Uruguai, uma região que sempre foi cobiçada pelos portugueses e espanhóis.

Em 1680, Portugal fundou a região Colônia do Sacramento.
Em 1777, o território passou a ser posse da Espanha.
Em 1816, a coroa Portuguesa, que estava no Brasil, ocupou novamente a região, nomeando-a como Província da Cisplatina.

No ano de 1825, um novo movimento surge em prol da libertação da província. Mas os moradores de Cisplatina se recusam a fazer parte do Brasil, e João Antonio Lavalleja, organiza um movimento para declarar independência da região. A Argentina por interesse no território da Cisplatina, ajuda no movimento, ofertando, força política, armas, alimentos, etc. O Brasil se revoltou declarando guerra à Argentina e ao revoltosos da região de Cisplatina.

Foram muitos conflitos entre os combatentes, e com tudo isso muito dinheiro público foi gasto, desequilibrando a econômia brasileira. E além de tudo, o Brasil foi vencido na batalha.

No ano de 1828, sob interferência da Inglaterra, foi firmado um acordo entre Brasil e Argentina, que foi marcado pela independência da Província da Cisplatina seria independente.

Com isso, a situação do Brasil se complicou mais, e os brasileiros ficaram mais insatisfeitos com o governo.

Hoje, a região da Cisplania é o Uruguai.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Independencia da America Espanhola

INDEPENDENCIA DA AMERICA ESPANHOLA

Crise do sistema colonial ( Inglaterra pede fim do trafico negreiro para os escravos
poderem comprar e assim, aumentar seu lucro):
* Industrialização
* Desenvolvimento colonial
* Criollos ( nascidos na america) x Chapetones ( autoridades espanholas)
* Iluminismo
* Liberalismo napoleanico
* Juntas governamentais

Dois Movimentos:
* 1810-1816 -> Levantes populares
* 1817-1824 -> Adesao da elite criola ( apoio da inglaterra/frança/EUA)

Lideranças:
* Bolivar -> Republica
* San MArtin -> Monarquia

Fragmentação:
* Interesse ingles naa manutenção da colonia ( money )

Pan-Americanismo:
* Bolivarismo ( congresso do panama - 1826)
* Monroismo ( America para os americanos )

Haiti:
* republica popular
* Levante de escravos e ex-escravos.

domingo, 17 de janeiro de 2010

Guerra do Paraguai

Bem, Quando e fala sobre guerras, o bom que eu aconselho é voces leitores sempre decorarem as respostas de 3 perguntas.
1- Porque ocorreu a guerra? ( motivos )
2- Oque aconteceu com os paises envolventes na guerra?
3 - Que consequencias isso trouxe para o mundo?

A Guerra do Paraguai teve seu início no ano de 1864 a partir da ambição do ditador Francisco Solano Lopes, que tinha como objetivo aumentar o território paraguaio e obter uma saída para o Oceano Atlântico, através dos rios da Bacia do Prata.

Visando a província de Mato Grosso, o ditador paraguaio aproveitou-se da fraca defesa brasileira naquela região para invadi-la e conquistá-la. Seu próximo alvo foi o Rio Grande do Sul, mas, para atingi-lo, necessitava passar pela Argentina. Então, invadiu e tomou Corrientes, província Argentina que, naquela época, era governada por Mitre.

Decididos a não mais serem ameaçados e dominados pelo ditador Solano Lopes, Argentina, Brasil e Uruguai uniram suas forças em 1° de maio de 1865 através de acordo conhecido como a Tríplice Aliança. A partir daí, os três paises lutaram juntos para deterem o Paraguai, que foi vencido na batalha naval de Riachuelo e também na luta de Uruguaiana.

No Rio da Prata ouve a batalha do Riachuelo, que foi a batalha que decidiria quem iria contolar os rios na regiao do Rio da Prata. A vitória do Riachuelo teve notável influência nos rumos da guerra: impediu a invasão da província argentina de Entre Ríos, destruiu o poderio naval paraguaio (tornando-se impossível a permanência dos paraguaios em território argentino) e cortou a marcha, até então triunfante, de López.

Esta guerra durou seis anos; contudo, já no terceiro ano, o Brasil via-se em grandes dificuldades com a organização de sua tropa, pois além do inimigo, os soldados brasileiros tinham que lutar contra o falta de alimentos, de comunicação e ainda contra as epidemias que os derrotavam na maioria das vezes. Diante deste quadro, Caxias foi chamado para liderar o exército brasileiro. Sob seu comando, a tropa foi reorganizada e conquistou várias vitórias até chegar em Assunção no ano de 1869, derrotando o paraguai.

Consequencias:

Antes da guerra, o Paraguai era uma potência econômica na América do Sul. Além disso, era um país independente das nações européias.Foi por isso, que os ingleses ficaram ao lado dos países da tríplice aliança, emprestando dinheiro e oferecendo apoio militar. Era interessante para a Inglaterra enfraquecer e eliminar um exemplo de sucesso e independência na América Latina. Após este conflito, o Paraguai nunca mais voltou a ser um país com um bom índice de desenvolvimento econômico, pelo contrário, passa atualmente por dificuldades políticas e econômicas.

O Exército Brasileiro passou a ser uma força nova e expressiva dentro da vida nacional. Transformara-se numa instituição forte que, com a guerra, ganhara tradições e coesão interna e representaria um papel significativo no desenvolvimento posterior da história do país. Além disso, houve a formação de um inquietante espírito corporativista no exército.


Agora resumindo a Guerra do Paraguai em topicos:
- Motivo? Paraguai queria saida para o mar.
- Oque ocorreu com os paises? Paraguai se enfraqueceu totalmente e era a maior potencia da America Latina e o Brasil pode formar o exercito brasileiro que virou uma força nacional forte.
- Consequencias mundiais? Favoreceu a inglaterra, fazendo com que ela ficasse ao lado da triplice entente, emprestando dinheiro $ .

Espero ter ajudado galera, brigado ;D

sábado, 16 de janeiro de 2010

Era Napoleanica

ERA NAPOLEANICA

Nessa epoca, Napoleao coloca a Igreja e a educação ao seu favor.

Fase do Consulado ( 1799-1804):
* Crescimento economico
* Defesa do Liberalismo politico
* Educação publica
* Consulado vitalicio ( 1802)
* Codigo Civil ( 1804)
* Concordata com a Igreja

Fase do Imperio(1804-1814):
* Expansao territorial
* Bloqueio continental( diga nao a Inglaterra)
* Crescimento Industrial
* Desastrosa campanha russa
* Derrotado pela coligação, foi exibido em Elba depois

A Santa Aliança:
* Liga militar para garantir o Absolutismo ( Austria,Russia,Prussia).

COngresso de Viena (1814):
* Reestrutura mapa da Europa devolvendo ao poder
as dinastias destronadas por Bonaparte.

Governo dos 100 dias (1815):
* Tentativa de restaurar o poder imperial.( feito pelos militares de Napoleão).

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Revolução Francesa

REVOLUÇÃO FRANCESA

A burguesia manipula massas populares para derrubar o Antigo Regime, pondo em pratica
alguns preceitos iluministas.

França antes da revolução:
* Crise economica
* privilegios para nobreza e clero
* Burgueses privados de participação politica
* Luxo da corte versus miseria do povo
* Difusao das ideias iluministas

Os Estados gerais:
* 1º estado ( clero) - 1 voto
* 2º estado (nobreza) - 1 voto
* 3º estado ( povo + burguesia) - 1 voto

Os Sans cullotes eram os operarios das fabricas, aonde os Culotes, eram as calças vestidas
pela nobreza.

Inicio da Revolução:
* 3º estado exige voto por cabeça - pois o povo + burguesia era em maior numero
* sem sucesso, se retraram visando a forçar a constituição
* Rei articula o 1º e 2º estados formando a ASSEMBLEIA NACIONAL CONSTITUENTE,
mas mobiliza tropas para parar o 3º estado.
* Povo toma as ruas ( com apoio da guarda nacional) contra a monarquia absolutista.

Tomada da Bastilha( 1789) - deu força a rebeliao, era aonde os presos ficavam.

O grande medo:
* Adesao dos camponeses a Revulução.
* Massacre aos nobres.
* Burguesia institucionaliza a revolução.

A nova ASSEMBLEIA NACIONAL CONSTITUENTE:
* Girondinos ( Alta burguesia)
* Montanheses ( baixa burguesia) - sao so radicais

MONARQUIA CONSTITUCIONAL ( 1789-1792):
* Controlada pelos girondinos.
* Declaração dos direitos dos homens e cidadaos.
* Confisco dos bens dos cleros e da nobreza.
* Luis XVI foge e é preso ( rei da epoca).
* tropas prussianas invadem Paris e sao separadas pelos Sans cullotes.

Republica Jacobina(1792-1794):
* Dominada pela baixa burguesia.
* Preocupações populares e democratizantes.
* Voto universal.
* Constituição republicana.
* Ditadura de Robesperre.
* Terror.
* Golpe 9 do termidor - queda dos jacobinos .

Republica do Diretorio (1795-1799):
* Volta dos girondinos ao poder.
* Desenvolvimento industrial.
* Corrupção/inflação.
* Aumento da pressa externa.
* Ascensão de Napoleão - conquistas vitorias militares / e abandona o ideia politico da revolução.
* Golpe do 18 de Brumario ( napoleao no poder).
* centralização do poder.

Independencia dos EUA

INDEPENDENCIA DOS EUA

Fatores para a colonização dos EUA:
* Guerra dos 100 anos ( françax inglaterra)
* Guerra das Duas Rosas
* Revolução Inglesas do sec. XIX
* Perseguição religiosa
* Desenvolvimento INdustrial
* Cercamentos/exodo rural
* Inchaço urbano/miseria

Existia as 13 colonias nos EUA, que se dividiram entre norte e sul:
* As colonias do norte eram os puritanos aonde se encontravam as pequenas propriedades,
a policultura, trabalho servil ( assalariado), comercio local e triangular.

* Ja as colonias do sul eram os catolicos,e aonde tinham os latifundios, a monocultura,
o trabalho escravo e o mercado externo. ( sistema de plantation )

A Hostilidade:
* Guerra dos Sete Anos(1756-1763) - altos custos para a Inglaterra e experiencia para os colonos
* Industrialização do norte faz concorrencia com a inglaterra.

CRISE:
* Sugar act (1764) - taxa aos produtos que nao vinham das Antilhas britanicas.
* Stamp act (1765) - exigia estampagem de baralhos e dados.
* Tea act (1773) - dava o monopólio desse comércio (tea = chá) à Companhia das Índias Orientais,
onde vários políticos ingleses tinham interesses.
* Atos intoleraveis - indenização -> ocupação militar -> fim do auto governo -> Ato de Quebec (1775) - governador de Quebec
passaria a controlar grande parte das terras do centro-oeste.

A independencia:
* 1º congresso continental da Filadelfia ( 1774) - Repressao parlamentar
* 2º congresso continental da Filadelfia ( 1775) - Guerra até 1781

Declaração da independencia em 4 de julho 1776 !

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Renascimento / Iluminismo

O termo Renascimento é comumente aplicado à civilização européia que se desenvolveu entre 1300 e 1650. Além de reviver a antiga cultura greco-romana, ocorreram nesse período muitos progressos e incontáveis realizações no campo das artes, da literatura e das ciências, que superaram a herança clássica. O ideal do humanismo foi sem duvida o móvel desse progresso e tornou-se o próprio espírito do Renascimento.

Trata-se de uma volta deliberada, que propunha a ressurreição consciente (o re-nascimento) do passado, considerado agora como fonte de inspiração e modelo de civilização. Num sentido amplo, esse ideal pode ser entendido como a valorização do homem (Humanismo) e da natureza, em oposição ao divino e ao sobrenatural, conceitos que haviam impregnado a cultura da Idade Média.

Características gerais:
* Racionalidade
* Dignidade do Ser Humano
* Rigor Científico
* Ideal Humanista
* Reutilização das artes greco-romana

Exemplos de artistas renascentistas:

* Arquitetura: Brunelleschi
* Pintura: Leonardo da Vinci / Botticelli /Michelângelo /Rafael
* Michelângelo


ILUMINISMO

É um conjunto de ideias burguesas contrarias ao absolutismo e ao mercantilismo e ao
poder politico do clero.

O Iluminismo defende a razao,da democracia, do liberalismo e da democratização da educação.

Liberdade,igualdade e fraternidade.

Alguns seguidores:
* Newton ( universo mecanico, movido pelas leis da ciencia)
* Descartes ( racionalismo cientifico)
* Locke ( direito a propriedade e a insurreição contra a tirania)

Expoentes:

* Voltaire: liberdade de expressao
* Montesquie: 3 poderes
* Rousseau: propriedade é roubo

Economistas:

-> Livre comercio e livre concorrencia
-> Natureza é a origem da riqueza

A burguesia tira a terra dos nobres perdida no feudalismo e da para o povo produzir matria-prima
para a industria.

Liberalismo-> Addam Smith que dizia que o Estado nao deveria intervir
na economia e que o trabalho é a origem da riqueza das nações.

Despotár Esclarecidas: Monarcas que aderiram ao preceito iluminista,
sem sair do poder:
* frederico III ( russia )
* Marques de Pombal (portugal)

Revolução Industrial

A Revolução Industrial teve início no século XVIII, na Inglaterra, com a mecanização dos sistemas de produção.Podemos apontar o crescimento populacional, que trouxe maior demanda de produtos e mercadorias, causando um exodo rural naquela epoca, que trazia os trabalhadores do campo para as fabricas.

O pioneirismo ingles ocorreu por causa de alguns fatores:
* Eles tinham uma grade reserva de carvao mineral ( servia para movimentar as maquinas)
* Mao de obra em abundancia, causada pelo exodo rural e o os cercamentos.
* A burguesia inglesa tinha capital suficiente para financiar as fábricas, comprar matéria-prima e máquinas e contratar empregados.
* O mercado consumidor ingles também pode ser destacado como importante fator que contribuiu para o pioneirismo ingles.

O século XVIII foi marcado pelo grande salto tecnológico nos transportes e máquinas. As máquinas à vapor, revolucionou o modo de produzir. Se por um lado a máquina substituiu o homem, gerando milhares de desempregados, por outro baixou o preço de mercadorias e acelerou o ritmo de produção.

Em muitas regiões da Europa, os trabalhadores se organizaram para lutar por melhores condições de trabalho. Os empregados das fábricas formaram as trade unions (espécie de sindicatos) com o objetivo de melhorar as condições de trabalho dos empregados.

A Revolução tornou os métodos de produção mais eficientes. Os produtos passaram a ser produzidos mais rapidamente, barateando o preço e estimulando o consumo. Por outro lado, aumentou também o número de desempregados. As máquinas foram substituindo, aos poucos, a mão-de-obra humana. A poluição ambiental, o aumento da poluição sonora, o êxodo rural e o crescimento desordenado das cidades também foram conseqüências nocivas para a sociedade.

Nos séculos XVIII e XIX a tecnologia vai adquirindo seu caráter moderno de ciência aplicada. As descobertas e invenções encontram rapidamente aplicação prática na indústria ou no desenvolvimento da ciência. Os próprios cientistas, muitos ainda autodidatas, transformam-se em inventores, como Michael Faraday, Lord Kelvin e Benjamin Franklin.

Kall Marx e seu sentimento sobre o mais-valia ( maior trabalho do empregado,maior lucro do empregador).

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Rebeliões Coloniais

Existiram dois tipos de Rebelioes Coloniais:

- As primitivas ou nativistas, que demonstram descontentamento da colonia em relação a metropole, mas nao pede separação.

- As de cunho superior ou de independencia, Sao aquelas que pedem separação.

Exemplos:

- Aclamação a Amador Bueno:
1640 - Sao Paulo
-> O paulista que nao queria ser rei.
-> Tem a restauração - fim da uniao iberica

- Revolta de Beckman:
1684 - Maranhao
-> Foi uma revolta contra a capitania de Comercio do Maranhao
-> Eram contra os jesuitas catequizarem os indios
-> Contra o governador
Lideres: Tomas e manuel beckman e jose sampaio

- Guerra dos Mascates:
1710 - Pernambuco

Pernambuco tinha como capital Olinda, que era considerado vila e tinha Camara Municipal, recebia impostos e tinha o Pelourinho ( poste aonde chicoteava os escravos).

E recife era povoada por comerciantes ( mascates ) aonde que ao longo dos anos, foram enriquecendo e pediram ao rei para que virasse vila, mais olinda nao quis , mas mesmo assim, olinda perdeu a guerra e Recife virou a capital de Pernambuco (:

P.S: Todas essas revoltas foram nativistas, agora vem as separatistas.

Inconfidencia Mineira:
1789 - Minas Gerais

Com a mineiração atingindo MInas Gerais, e os impostos como o Dia da Derrama e o quinto, estes fatos atingiram expressivamente a classe mais abastada de Minas Gerais (proprietários rurais, intelectuais, clérigos e militares) que, descontentes, começaram a se reunir para conspirar,fazendo com que a inconfidencia mineira fosse uma revolta de elite.

principal lider: Tiradentes.

Embora fracassada, podemos considerar a Inconfidência Mineira como um exemplo valoroso da luta dos brasileiros pela independência, pela liberdade e contra um governo que tratava sua colônia com violência, autoritarismo, ganância e falta de respeito.


Obrigado galera (:

Mineiração

A Intendencia de Mnas foi criada para organizar a exploração dos minerios. S alguem encontrasse ouro, era pra avisa a Intendencia de Minas.

Formas de tributação do ouro:

* Datas e capitação: Cada data de terra era vendida por leilao e a capitação era o imposto pago por cada escravo na mina.

* Sistema de quinto: Criado as casas de fundição para que o ouro fosse feito em barras, para ser comercializado. E o produtor pagava 1/5 ou 20% dessa remessa como imposto.

* Completando o Sistema de Quinto: Tinham que dar 1500kg de ouro ao ano, senao pagassem o governo ia e tirava tudo da pessoa até dar o dinheiro, isso se chamava o Dia da Derrama.

Consequencias da Mineiração:

- Triplicou a população da colonia,principalmente em Minas gerais.
- Mobilidade social
- Surge a classe media
- Fim das capitanias hereditarias
- Transeriu a capital para o Rio de Janeiro
- Mudança do eixo do comercio do Nordeste para o Sudeste
- Surge comercio interno
- Financia indiretamente a Rev. Industrial na inglaterra


Rebeliões relacionadas com a mineiração:


- Guerra dos emboabas:
rebeilao nativista ( ler em rebelioes coloniais).

Paulistas(bandeirantes) x Forasteiros( emboabas)

Os emboabas queriam dividir a capitania de Sao Paulo e Minas gerais.
Sao paulo + Minas gerais = Capitania de Sao vicente.

- Revolta de Felipe dos Santos:
rebeilao nativista ( ler em rebelioes coloniais).

Rebeliao contra a casa de fundição e o pagamento do quinto.
Lugar? Vila rica , atual Ouro Preto.




Obrigado galera ;D